Albert Beaumont chega ao fim.

Aproximadamente 17 anos atrás eu dava início a minha primeira estória intitulada “Tork Black”, eu a escrevi em um pequeno bloco de notas e lembro com clareza o dia em que a terminei.

Com o passar do tempo a estória do Tork foi se aperfeiçoando até se transformar em uma saga chamada “A décima sétima dimensão”; nesta época um manuscrito digitalizado foi criado e até mesmo uma possível publicação foi planejada.

No entanto, apenas em 2016 o universo que previamente tinha sido do Tork, mostrou-se ao público.

Durante os anos de 2014 e 2015, ainda na Bélgica, comecei a trabalhar em uma estória que poderia se unir com o universo do Tork e a filosofia das dimensões. Esta seria única e o objetivo era publicá-las na Europa.

Com uma pequena máquina de escrever, passei o ano de 2014 escrevendo e rescrevendo a estória de Albert Beaumont, uma criança Belga que certo dia descobre um outro mundo dentro de seu próprio mundo. Na minha mente este universo teria de ser altamente realista, pois apesar de ser uma fantasia, tanto o Tork quanto as dimensões tinham sido esboços de um mundo que poderia de fato ter existido.

O universo Beaumont dominou meus pensamentos. A arquitetura Belga me inspirou a criar lugares extraordinários. Nos últimos capítulos fugi para a costa Belga onde finalmente terminei o primeiro esboço do livro.

A idéia seria contar toda a história da família Beaumont, mas para isso o livro triplicaria de tamanho e não seria viável para publicação. Sendo assim eu cortei o material e fiz com que “No mundo da magia” trabalhasse sozinho, como uma introdução bem feita de um universo mágico. Caso os leitores se interessassem e comprassem a estória, eu teria o sinal de verde de publicar a história completa.

E foi exatamente o que aconteceu.

O livro chamou atenção e muitos gostaram da estória, a simplicidade do universo e da aventura fez com que muitos adquirissem um exemplar.

Então comecei a colocar em ação o plano de editar e terminar a história dos Beaumont.

“No mundo dos mortos” teve três versões diferentes, eu escrevi o mesmo livro três vezes e em todas as vezes o universo crescia absurdamente. Eu sabia que cada livro desde então teria um pulo de dois anos, assim os personagem poderiam crescer e amadurecer naturalmente, sem a minha ajuda. No entanto, para isso acontecer eu teria que trabalhar firmemente na personalidade de cada um, a ponto do leitor não se sentir “traído” nos pulos de um livro para outro.

Não vou dizer que “mundo dos mortos” foi o livro mais difícil de se escrever (este prêmio vai para no mundo da magia), mas sem sombra de dúvidas foi o mais trabalhoso.

Apesar de outras publicações estarem sendo publicadas neste meio tempo (coquetel urbano, casais inteligentes…), Albert Beaumont sempre esteve em constante edição e segundo o planejamento, a saga teria que acabar em 2019.

O lançamento de “No mundo dos mortos” teria que ter sido em 2017, no entanto, por questões de tempo, eu achei mais viável publicá-lo em 2018, assim o tempo entre um e outro seria de apenas um ano, e não dois.

“No mundo dos mortos” fez tanto sucesso quanto “No mundo da magia”, os leitores aprovaram o primeiro pulo de dois anos e consequentemente a mudança de clima na estória (agora mais sombria).

“Para Sempre” já estava pronto quando “No mundo dos mortos” foi publicado; Com isso a edição foi mais tranquila, apesar de complicada. Uma novidade que eu sabia que iria incluir seria o Gênesis do universo (presente no final de Para Sempre); eu queria mostrar para os leitores toda a história deste universo, do começo até o fim dos Beaumont. Escrever o Gênesis foi uma experiência incrível e única, eu estava compartilhando todo o material relacionado a este universo, estava de fato finalizando minha saga de fantasia.

Eu sempre gostei de livros de fantasia, mas do mesmo jeito que gosto, sei dos desafios que é escrever um. Sendo assim eu sempre tive em mente de que um dia iria terminar a estória do Tork Black (hoje, Albert Beaumont), e que este seria meu único trabalho voltado para o gênero ficção-fantasia. No dia de hoje, 14 de Outubro de 2019, posso afirmar com satisfação que terminei esta fase da minha vida profissional.

E estou extremamente feliz por isso.

“Para Sempre” está do jeito que eu imaginei e desejei, as mensagens estão lá, o desfeito está lá e o universo está lá. No total foram 17 anos de trabalho árduo, com muita paciência e perseverança. Eu espero que todos aqueles que acreditaram no mundo da magia, possam um dia de fato visitá-lo, assim como eu visitei.

E para isso vocês sabem, basta fechar os olhos e

Acreditar.

Um grande abraço e muito obrigado.

Adriel Dantas.

 

http://adrieldantas.com/mundomagico